Não podemos comparar o Amor às árvores,
Nem ao profundo céu azul cobalto, ou à névoa
Das longínquas madrugadas em contemplação serena
Ou ao Universo e seus múltiplos e misteriosos esquemas.
NÃO!
O Amor é a retina, que retém uma imagem contínua
É a lente duma câmera inexata e repentina
Que registra em cor o que quer que enxerguemos
E capta assertivamente o que ver não queremos:
É a luz que ilumina todas as telas que pintamos
Os pigmentos das cores que porventura utilizamos
Que acorda os pecadores dentro dos santos.
Ele é o fio que tece os estilhaços das memórias
É o espaço entre as palavras de todas as histórias:
Todas aquelas que contamos,
Todas aquelas que esquecemos.
Todas aquelas pelas quais passamos
Todas aquelas por onde ainda passaremos.
(22.2.14)
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